O IRB-Brasil Re registrou lucro líquido de R$ 370,4 milhões em 2009, 2,6% superior ao registrado em 2008. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 19,6%. Mesmo após quase dois anos de mercado de resseguro aberto, o IRB permanece com a preferência das seguradoras, mantendo-se com 80% dos prêmios emitidos pelos resseguradores locais.
Apesar da perda relativa de market share, conseqüência natural da abertura do mercado brasileiro de resseguros, a empresa conseguiu manter o volume de prêmios de resseguros estável em 2009, com R$ 2,9 bilhões, redução de 8,78% se comparado com o exercício anterior.
Segundo nota do ressegurador, controlado pelo Tesouro Nacional e que tem no Bradesco e Itaú seus principais sócios privados, a revisão da política de subscrição e gestão de riscos da companhia também contribuiu para o resultado positivo. Em ambiente concorrencial, o IRB optou por assumir, em diversas ofertas, frações do risco, em vez de acatá-lo integralmente, como fazia na época do monopólio.
A estratégia ajudou o resultado operacional e o índice de sinistralidade dos riscos retidos. O resultado operacional em 2009 foi de R$ 390,4 milhões, o que representa um aumento de 191,02% em relação ao exercício anterior. O principal motivo dessa diferença, explica o IRB em nota, foi a qualidade do risco assumido, já que o cálculo do resultado operacional envolve o volume de sinistros retidos de R$ 983,4 milhões em 2009, contra R$ 1,2 bilhão no ano anterior.
O índice de sinistralidade dos riscos retidos foi de 61,78%, redução de 14 pontos percentuais em relação a 2008. Além da menor severidade de sinistros observada no Brasil em 2009, a política de subscrição e gestão de riscos contribuiu para a redução do índice de sinistralidade da empresa, explicou.
O resultado financeiro foi de R$ 324,1 milhões, redução de 51% em relação ao exercício de 2008, causada pela redução da taxa Selic e pela variação cambial. As reservas técnicas realizadas em 2009 atingiram o montante de R$ 6,3 bilhões, redução de 11% em relação a 2008.