A indústria de seguros, excluindo seguro-saúde, faturou R$ 76,8 bilhões em 2009, 13% mais sobre 2008. As indenizações somaram R$ 20,9 bilhões, segundo dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Em resseguros, o volume de prêmios chegou a R$ 3,3 bilhões até novembro de 2009, primeiro ano de divulgação do resultado deste setor que deixou de ser monopólio do IRB Brasil Re em abril de 2008.
As vendas foram puxadas pelo VGBL, com prêmios de R$ 30,1 bilhões, evolução de 28,1% e participação total no mix do setor de 39,2%. Sem este produto de acumulação de renda, o incremento da indústria de seguros no ano passado seria de 5%. O seguro de automóvel representou 22,1% das vendas totais, com R$ 16,977 bilhões, 12,9% acima do resultado de 2008, incluindo a comercialização do seguro de responsabilidade civil facultativo de veículo.
O seguro financeiro foi um dos grandes destaques, principalmente em razão do seguro garantia e do directors & officers. Em vida, a evolução das vendas do seguro prestamista mostra a preocupação dos bancos em mitigar o risco com a inadimplência no crédito.
Em resseguros, o IRB Brasil Re acumulou prêmios de R$ 2,6 bilhões até novembro, o correspondente a 78% da soma global do setor. O segundo lugar entre as resseguradoras locais ficou com a Munich Re, com R$ 326,4 milhões, market share de 10%. A J. Malucelli veio em seguida, com R$ 164,2 milhões (5%). A Mapfre movimentou prêmios de resseguro de R$ 131,4 milhões (4%) e a XL Re R$ 108,5 milhões , com (3,3%). Apenas em riscos financeiros o IRB não ficou a frente das concorrentes, superado pela JMalucelli Re, com prêmios de R$ 163,5 milhões, market share de 36,5% dos R$ 447,8 milhões. O IRB segue colado, com 34% do total da carteira.