A Allianz Seguros obteve lucro líquido de R$ 80 milhões em 2009, 7,8% acima do resultado obtido em 2008. Nos segmentos em que atua, incluindo saúde, os prêmios de seguros consolidados somaram R$ 2,25 bilhões, com alta de 19,2% em relação a 2008.
Os ativos totais atingiram R$ 3,07 bilhões, o que representa um aumento de 25,7%, quando comparado a 2008. As provisões técnicas somaram R$ 1,14 bilhão, com um incremento de 9,9%. O patrimônio líquido teve elevação de 5,9%, perfazendo R$ 538 milhões. O resultado operacional chegou a R$ 140 milhões, com crescimento de 12,2%, quando comparado ao exercício anterior.
“A Allianz Seguros vem registrando crescimento constante acima da média do mercado nos últimos cinco anos. Nosso objetivo é manter essa trajetória em 2010, firmando a companhia cada vez mais como uma seguradora multiprodutos, de atuação nacional”, comentou Max Thiermann, presidente da seguradora, em comunicado divulgado à imprensa.
Segundo a nota, o bom desempenho foi creditado a melhoria da eficiência operacional, com redução do índice de despesas administrativas, que passou de 16,7% em 2008 para 15,6% sobre o prêmio ganho. O índice de sinistralidade (sinistros sobre os prêmios ganhos) foi de 64,2%, mantendo a mesma média de 2008. O resultado financeiro foi impactado devido à redução da taxa básica de juros.
Conforme dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), no total do setor sem saúde e sem VGBL, a Allianz figura entre as sete maiores seguradoras do país, com alta de 22,8% . O crescimento do mercado foi de 5%. A Allianz Saúde, sob supervisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, faturou R$ 367 milhões e teve lucro de R$ 15 milhões.
Em automóvel, a Allianz cresceu 24,4%, ante os 13% registrados pelo mercado. Grande parte desse resultado se deve à estratégia de expansão regional. O produto teve desempenho expressivo em todas as regiões do país. Segundo informou o grupo, em Minas Gerais a companhia manteve a liderança nesse ramo. O aumento da base de corretores e, consequentemente, da capilaridade foram fatores decisivos ao resultado dessa carteira.
Nos seguros empresariais, vale ressaltar o desempenho dos Riscos Nomeados (RN) e Riscos Operacionais (RO). Nestes ramos, o crescimento da companhia foi de 50,4% em relação a 2008, colocando-a na vice-liderança do setor.
Balanço mundial – Ontem, o grupo divulgou o balanço mundial com lucro líquido de € 4,7 bilhões, diante de perdas de € 2,4 bilhões em 2008. O faturamento chegou a € 97, 4 bilhões, alta de 5,2%. A seguradora justificou a queda do lucro operacional, em 147 milhões, em função da recessão do Reino Unido e também citou que a variação cambial afetou significativamente o resultado. O índice combinado ficou em 97%.
Michael Diekmann, CEO da Allianz, disse em comunicado que 2009 foi um ano importante para o grupo, uma vez que a crise, sem dúvida, afetou o desempenho do grupo. “Mas mesmo assim apresentamos um balanço sólido aos nossos acionistas”. Ele também comentou na teleconferência que o grupo só fará uma “big” aquisição quando os órgãos reguladores, que discutem mudanças nas regras da indústria de seguros, deixarem claro o que mudará. Só assim o grupo saberá qual a necessidade de capital que cada companhia terá de aportar para fazer frente às novas exigências.