2010 promete ser um ano e tanto para a indústria de seguros. E a Allianz já está pronta para surfar a onda do crescimento do Brasil, considerado por economistas e investidores como o lugar para se estar investido nos próximos anos. “Para 2010, as oportunidades acontecerão em diversos ramos, desde o automóvel até o grande risco”, diz Max Thiermann, presidente da Allianz (foto).
Segundo o executivo, o mercado de seguros tem passado por grandes transformações, desde as proporcionadas pelo crescimento do País até mesmo por sediar mundiais como a Copa 2014 e Olimpíadas 2016. Aliada a este cenário, a indústria de seguros tem vivido um forte movimento de fusões e aquisições, concentrando ainda mais o setor. “É natural que os principais atores do setor estejam realinhando-se. Existem seguradoras que atuam e têm interesse nos dois segmentos, pessoas e bens patrimoniais, como é o caso da Allianz Seguros”, diz.
Em automóvel, segundo Thiermann, a carteira da Allianz tem apresentado crescimento bem acima da média de 12% do mercado. “Até setembro, registramos alta de 32%, principalmente devido à expansão das vendas em regiões como Nordeste, Sul e Centro-Oeste. Além disso, permanecemos entre as líderes em Minas Gerais. Nossa expectativa é de encerrar 2009 nesse mesmo patamar”, informa.
A Allianz manterá a estratégia de ampliar a participação regionalmente em 2010. Em seguro rural, um nicho de mercado que a Allianz tem priorizado, o alvo será oferecer soluções completas de seguros para os pequenos produtores. A carteira de Saúde dará foco aos seguros para micro, pequenas e médias empresas.
Como a atividade seguradora permeia todos os setores da economia, diz, o desenvolvimento do nosso mercado será intenso com o Mundial de 2014 e com os jogos olímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Para a Copa, já anunciaram que a grande maioria dos investimentos será destinada para infraestrutura, que consumirá recursos entre R$ 80 bilhões e R$ 100 bilhões. Vale destacar as obras que se destinam à mobilidade urbana (metrôs, corredores de ônibus, estacionamentos, entre outros), assim como a melhoria e ampliação das malhas viária, ferroviária e aérea, além da expansão da rede hoteleira.
A área de grandes riscos, segundo ele, está mais do que preparada para conquistar os seguros provenientes das obras de infraestrutura que serão necessárias para garantir a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “A reativação da economia e as obras do PAC também vão aquecer o mercado de grandes riscos. Produtos novos estão sendo estruturados por nossa seguradora para serem lançados no próximo ano”, afirma.
No entanto, o presidente da Allianz lembra que é importante dizer que os seguros que serão demandados para esses dois eventos esportivos não surgem às vésperas. Grande parte terá de estar praticamente pronto até 2013, quando acontece a Copa das Confederações. Diferentemente de outras obras, que têm um deadline flexível, a Copa e as Olimpíadas têm data mercada.
O seguro entra em ação já na etapa das licitações, pois para participar destas é necessário o Garantia do Licitante para os licitados, que cobre cerca de 10% a 20% do valor a ser contratado. Neste momento, as apólices mais demandadas são as conhecidas como Advanced Loss of Profit (Alop), para cobrir a perda de lucros esperados, caso haja atraso na obra em razão de dano material, também serão muito importantes para o mercado.
Outras modalidades do seguro garantia, como o de execução da obra, também farão parte das primeiras levas de investimentos para os eventos. Vários outros segmentos do setor de seguros serão beneficiados, tais como riscos de engenharia, no qual a Allianz é uma das líderes nacionais e líder internacional; responsabilidade civil e riscos operacionais, que abrange a operação portos, aeroportos, fábricas, usinas, entre outros. O seguro de entretenimento, que dá cobertura aos jogos e demais eventos paralelos que venham a ocorrer para aproveitar o intenso fluxo de turistas que o Brasil receberá também é um importante contrato para a indústria de seguros e para os organizadores.
Mudanças Climáticas – As mudanças climáticas também permanecerão no foco do grupo em 2010. O Grupo Allianz continua sua parceria com a Organização Não Governamental (ONG). “Nosso acordo com a WWF envolve a realização de novas pesquisas que serão compartilhadas com a sociedade”, garante Thiermann. Além disso, acrescenta, o grupo mantém sua política de reduzir suas próprias emissões de CO2 em 20% até 2012 e de investir € 500 milhões em projetos de sustentabilidade até o fim de 2010.
Até 2009, mais de € 350 milhões já foram investidos. No Brasil, o grupo tem promovido ações para estimular corretores e clientes a substituírem kit impresso e enviado pelo correio pelo Kit 100% digital, que envolve apólice e anexos. “Vamos dar continuidade à nossa política de disseminação do conhecimento por meio do patrocínio a pesquisas, realização de workshops, prêmio de jornalismo e do portal Allianz Knowledge Brasil, que traz amplo conteúdo sobre clima, Energia e CO2 e Segurança Automotiva.”