O preço do seguro de responsabilidade civil de executivos, conhecido como Directors & Officer, continuou apresentando queda de 5% para as empresas comerciais no segundo trimestre do ano, revela pesquisa divulgada na última sexta-feira pela corretora de seguros Willis, a terceira maior do mundo. E a tendência é de que o preço continue caindo no terceiro trimestre deste ano, em boa parte pelo resultado do julgamento das ações. Muitas das ações tem julgado que houve fraude do administrador, o que está excluído do pagamento de seguro.
O preço do seguro para as instituições financeiras continua elevado, pois elas ainda são vistas como um segmento muito arriscado pelas seguradoras em razão do volumoso número de processos de acionistas contra executivos financeiros por perdas com a crise financeira global.
As empresas comerciais estão sendo beneficiadas em parte pela disputa na renovação dos contratos de resseguro, onde a média de preços ficou 6% menor, e também pela entrada de novos competidores no segmento. Porém a severidade na subscrição de riscos permanece para todos os setores.
Para o Brasil, esta é uma boa notícia. Além da redução de preço mundial, a disputa no mercado brasileiro está cada dia mais acirrada com a entrada de novos participantes dispostos a conquistar um mercado ainda pouco explorado e com regulamentações e punições que se tornam realidade. Segundo matéria publicada pelo Jornal Valor Econômico na última semana, a justiça já penhorou mais de R$ 42 bilhões desde a criação da penhora online.
As punições da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também estão mais severas. Entre os vários casos solucionados pelo órgão fiscalizador na semana passada, está o do presidente da CSN, Beijamin Steinbruch, que concordou em pagar R$ 350 mil para encerrar um caso onde foi acusado de não divulgar fato relevante sobre a negociação com a Corus.
O estudo da Willis pode ser acessado no www.willis.com/Documents