As seguradoras de ramos elementares dos Estados Unidos registraram queda de 59.3% no lucro líquido do primeiro semestre deste ano, para US$ 5,8 bilhões. No mesmo período do ano passado, o resultado das companhias ultrapassou US$ 14 bilhões, segundo relatório divulgado pela Property Causalty Insures Association e (PCIA) Insurance Services Office (ISO).
O retorno anualizado chegou a um patamar frustante para os acionistas, de apenas 2,5%, sete pontos percentuais menor do que a média de 9,5% dos últimos 24 anos. Este foi o segundo menor nível desde o início do banco de dados da ISO, em 1986. O pior resultado veio das seguradoras ligadas a hipotecas e garantias, com retorno anualizado negativo em 76,5%. Excluindo estas empresas, o retorno médio do mercado americano fica em 4,5%, metade dos 7,7% registrados no primeiro semestre de 2008.
Boa parte do declínio na lucratividade veio das perdas com investimentos em razão das oscilações dos mercados acionários mundiais e volatilidade das moedas. De acordo com as estatísticas, as companhias totalizaram perdas financeiras de US$ 24,9 bilhões, praticamente a metade dos ganhos obtidos em mesmo período do ano anterior.O resultado operacional apresentou melhora mesmo com a queda nas vendas. Os prêmios somaram US$ 9,4 bilhões, recuo de 4,2%, para US$ 212,8 bilhões.
As perdas operacionais com subscrição totalizaram US$ 3,4 bilhões, para US$ 2,2 bilhões no primeiro semestre. Menos da metade dos US$ 5,6 bilhões de junho de 2008. As catástrofes custaram US$ 7,5 bilhões às seguradoras, já considerando a cobertura de resseguro.
Segundo a ISO, o valor é US$ 3,3 bilhões menor do que o registrado em 2008, porém US$ 2 bilhões acima da média de US$ 5,5 bilhões dos últimos dez anos. Com isso, o índice combinado melhorou de 102% para 100,9%.O patrimônio líquido consolidado das empresas que fazem parte da análise, cerca de 96% das seguradoras privadas de ramos elementares existentes nos EUA, aumentou 1,2%, para US$ 463 bilhões em junho.