Durante um período tão conturbado da economia mundial, o Lloyd’s of London, um mercado de seguros com operações internacionais, apresentou alta considerável em seu lucro no primeiro semestre do ano. De acordo com dados do balanço divulgado ontem, o Llody’s obteve lucro bruto de US$ 2,18 bilhões (£ 1.32 bilhão), alta de 29%.
O índice combinado apresentou ligeira alta, passando dos 89% registrados no primeiro semestre de 2008 para de 91,6% em junho deste ano, um bom resultado considerando a média de 99% registrada pelas seguradoras de riscos patrimoniais e de responsabilidade civil (Property & Casualty) dos Estados Unidos, 94% das resseguradoras americanas, 84% das companhias instaladas nas Bermudas, outro grande mercado de seguros internacional, e 99% das seguradoras e resseguradoras europeias.
O índice combinado mostra que a instituição sentiu os efeitos do maior volume de pedidos de indenização com a crise, principalmente do seguro de responsabilidade civil de executivos financeiros (directors&officers-D&O). No entanto, desde a crise da Enron e Worldcom, os sindicatos do Lloyd’s passaram a subscrever riscos de D&O com mais rigor.
Os acidentes aéreos, incluindo o AIR France no Brasil, também ajudaram a elevar o volume de indenizações pagas. Para compensar, as catástrofes naturais foram bem menos custosas do que em anos passados.
Segundo informou o presidente do Lloyd’s, Lord Peter Levene, em nota, o resultado dos seis primeiros meses foi alcançado em um período ainda difícil, com volatilidade dos mercados acionários e recessão econômica. “O mercado está em situação financeira sólida e os volumes de negócios têm aumentado como mostra o volume de negócios que nos chega pelos corretores e segurados”.
No cenário externo, Levene disse que as condições continuam difíceis com a temporada de vendáveis e furacoes nos EUA ainda podendo apresentar perdas, e recessão permanece como um indicador de risco para a indústria de seguros.
O relatório completo está disponível na web www.lloyds.com/2009interims