Levene critica excesso de regras e falta de apetite das seguradoras

images2O excesso de regulamentação na indústria de seguros foi o alvo do discurso do Lord Peter Levene, presidente do Lloyd’s, durante o jantar anual do principal mercado de seguros do mundo realizado ontem.

Autoridades reguladoras dos principais países do mundo preparam novas regras para as instituições financeiras, com o objetivo de evitar a ocorrência de uma nova crise financeira. O setor de seguros está incluído neste pacote. Levene buscou mostrar as diferenças entre as seguradoras, bem menos afetadas pela crise, dos bancos, defendendo que as companhias de seguros e de resseguros operam de forma diferente e por isso necessitam de regulamentações distintas.

Outro ponto criticado pelo executivo foi a redução de apetite das seguradoras por risco. “As seguradoras vendem segurança quando compram risco. E sem essa troca, não há crescimento, não há inovação”.

A redução do apetite das seguradoras e resseguradoras praticamente fez desaparecer a oferta de alguns tipos de seguros,como o de crédito e de garantia, além de encarecer outros nichos, como o de responsabilidade civil do executivo.

No Brasil, um caso típico é o da Centras Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A estatal já realizou diversas licitações sem conseguir atrair sequer uma seguradora. Segundo informações da empresa, a justificativa das seguradoras locais é a falta de capacidade de resseguro para o risco.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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