As ações das seguradoras brasileiras em prol do meio ambiente, principalmente porque elas são diretamente afetadas financeiramente pelas mudanças climáticas, começam a ficar mais freqüentes, mesmo que ainda estejam na assinatura de protocolos. Na última sexta-feira, o presidente da CNSeg, João Elisio Ferraz de Campos, o ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinaram o “Protocolo do Seguro Verde”.
É uma carta de intenções sobre a participação da indústria do setor na defesa de atitudes que levem em conta a proteção do planeta. “Será um instrumento mais poderoso que a ação de mil fiscais” ou as operações de repressão realizadas pelo Ibama, em conjunto com a Polícia Federal, disse no evento o ministro. Segundo informou a CNSeg em seu site, a assinatura do protocolo prevê o endurecimento das regras para empresas que tenham práticas socioambientais inadequadas.
Pelo protocolo, as seguradoras passam a considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e nas análises de risco. Ainda na fase de análise dos pedidos de coberturas, vão exigir a apresentação de licenças ambientais de instalações e equipamentos potencialmente causadores de significativa degradação ambiental. As companhias planejam adotar critérios socioambientais na política de subscrição de riscos, considerando os potenciais impactos e a necessidade de medidas de proteção tecnicamente recomendáveis.
Ou seja, os preços das coberturas e as exclusões podem ampliar, exigindo das empresas práticas ambientais mais corretas. O presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, Luiz Tavares Pereira Filho, destacou que a entidade das seguradoras fluminenses encampa a bandeira da preservação do meio ambiente há pelo menos 15 anos, enumerando diversos projetos que apóia. O mais recente é o de Educação Ambiental em favelas ocupadas pela Polícia Militar na região metropolitana do Rio de Janeiro.