Cenário ainda é negativo para resseguros, diz Fitch

catk8kgqca9fj5ofcahy30gtca5edg9xcabakxjoca6nbaurcaloqc3qcamy4dp9cancx8cgcap6nv3mcaccl6yfcadchov3cat6il8ucaqs1djgcax62dggcaynih82casiqwotcafihaeocaf0ebgoAs perspectivas para o setor de resseguros global continuam negativas, segundo a agência Fitch, uma das maiores classificadoras de risco do mundo. As resseguradoras globais terão de lutar para conseguir capital a um preço acessível para reconstituir o patrimônio, caso sofram grandes perdas com catástrofes.

“As condições voláteis persistem nos mercados de capitais, com incertezas sobre a disponibilidade e capacidade de capital novo em caso de necessidade significativa das resseguradoras”, avalia David Stephenson, diretor de seguros da Fitch, no estudo “2009-2010 Global Reinsurance Review and Outlook”, divulgado ontem.

Segundo ele, não há mais possibilidade das resseguradoras operarem com bases limitadas de capital por um período prolongado de tempo. “Isto representa uma vulnerabilidade para o setor de resseguros”,acrescenta.

As resseguradoras mais vulneráveis, segundo o estudo, são as de riscos patrimoniais com atuação em riscos de catástrofes em regiões mais afetadas. Estas podem ter dificuldade de obter capital, que ainda é escasso, apesar da melhora da liquidez mundial.

A curto prazo, as principais preocupações da Fitch estão nas resseguradoras de ramos elementares, uma vez que a perspectiva é de redução das margens de subscrição, o que terá um impacto negativo sobre a lucratividade. Em vida também há um certo temor em razão da volatilidade do mercado acionário, uma vez que elas dependem mais do resultado financeiro do que as resseguradoras de ramos elementares.

Apesar dos riscos, a Fitch acredita que o setor de resseguros será um dos primeiros setores da indústria de seguros a voltar para uma perspectiva de rating estável. A perspectiva estável do setor exigiria um retorno às condições dos mercados de capitais que sugerem resseguradoras terão acesso a financiamentos a preços razoáveis que lhes permitam reconstruir o capital depois de um evento de grande catástrofe.

Para que esta perspectiva positiva volte, é preciso que os spreads financeiros voltem a um patamar razoável, permintindo que as resseguradoras possam recompor capital em caso de uma perda catastrófica.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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