A Chubb surpreendeu os analistas ao publicar lucro líquido do segundo trimestre acima das expectativas. Segundo balanço divulgado ontem, o grupo americano lucrou US$ 551 milhões no segundo trimestre do ano, 18% acima dos US$ 469 milhões do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o lucro líquido ficou em US$ 892 milhões, abaixo de US$ 1,1 bilhão obtido no primeiro semestre de 2008.
Os prêmios recuaram diante da recessão econômica, para US$ 5,6 bilhões no semestre. Em linhas pessoais, o volume de prêmios declinou 5%, sendo em residência 5%, automóveis 9% e outras linhas pessoais 2%. Nas linhas comerciais, o faturamento recuou 7%, em riscos especiais 6%, em resposabilidade civil 7% e seguros de garantia ficaram estáveis.
O lucro operacional no primeiro semestre chegou a US$ 1 bilhão, pouco abaixo de US$ 1,1 bilhão do mesmo período do ano anterior. O índice combinado passou de 86,2% para 87%. Em nota, John Finnegan, presidente e CEO da Chubb, ressaltou o bom desempenho do grupo em um momento de tantos desafios nas economias mundiais e mostrou otimismo com o desempenho do grupo neste ano ao rever a meta de lucro operacional das ações de US$ 5,20 para US$ 5,50.
As perspectivas para as seguradoras americanas são boas, uma vez que os indicadores americamos mostram a retomada de dois importantes nichos, o de veículos e também de imóveis. Nos Estados Unidos, a venda de imóveis usados em junho cresceu 3,6%, o dobro do esperado pelos analistas. Ao mesmo tempo, o número de pedidos de seguro-desemprego no país cresceu menos do que o previsto pelo mercado. Em automóveis, praticamente todas as montadoras já fizeram reestruturação e começam um movimento de retomada, que surtirá efeitos em 2010.
Para ajudar o setor a ter efeitos mais imediatos ainda neste ano, o governo dos EUA lançará uma campanha publicitária de US$ 10 milhões para promover a troca do carro velho, que será anunciada na segunda-feira, em Washington, segundo informam as agências internacionais. Com o slogan Dinheiro por ferro-velho, o programa conta com recursos de US$ 1 bilhão em fundos federais. Os proprietários de veículos de elevado consumo de gasolina elegíveis ao programa vão receber um crédito se entregarem o veículo e comprarem ou arrendarem um mais novo, de consumo de combustível mais eficiente.