A produtora AEG Live responsável pela nova turnê que seria realizada pelo ídolo da musica pop Michael Jackson, falecido ontem de parada cardíaca, tem seguro para ser ressarcida de parte das despesas com o cancelamento do evento, como devolução dos 750 mil ingressos, que já estavam esgotados. Estima-se em US$ 85 milhões a receita com a venda dos ingressos.
O Lloyd’s of London afirmou ter exposição no seguro para a cobertura de no show para apenas alguns dos eventos previstos para serem realizados na Grã Bretanha, a partir de julho. Segundo declarou um porta voz do mercado londrino as perdas não serão significantes.
Segundo noticias internacionais, as seguradoras ficaram interessadas em fazer o seguro quando a turnê estava prevista em 10 shows. Mas quando o número foi ampliado para 50, a disposição em assumir o risco recuou por duvidarem da saúde do astro, que já apresentava sinais de problemas.
Segundo comenta-se no meio segurador, Michael Jackson passou por quatro horas de exames e obteve laudo sobre o seu estado de saúde, o que facilitou a compra do seguro pela promotora para apenas uma parte dos shows e com exclusões significativas, como para doença pré-existente e overdose de medicações. Caso o evento não se realizasse em razão destas exclusões, o prejuízo ficaria por conta da produtora. A Talbot Underwrinting teria uma parte da cobertura de eventos, com cobertura de US$ 3 milhões.
Até agora não foi iniciada a regulação deste sinistro, que depende do laudo da morte. Estima-se que a produtora já gastou algo próximo de US$ 30 milhões com iniciativas para a realização dos shows.
No Brasil, a cobertura de “no show” começou a ser comprada pelos produtores nos últimos dois anos. A abertura do mercado de resseguro bem como a entrada do Brasil no circuito mundial dos grandes artistas estimularam o apetite das seguradoras por este tipo de evento e ajudaram a reduzir o custo para os produtores.
As mais especializadas neste ramo são Chubb, ACE e Generali, que contam com corretores especializados, como a Aon, Marsh e outras nacionais. Entre os sinistros ocorridos no Brasil pela não realização de shows temos o de Luciano Pavarotti, há dois anos, e de Elton John na década de 90.