Lucro da Scor Re cai e da Everest Re cresce

s0205-931A safra de balanços da indústria de seguros mundial continua apresentando resultados diferenciados. A maioria das empresas que já divulgou o relatório financeiro tem ressaltado as operações internacionais e a parceria de longo prazo com clientes como fatores positivos dos resultados do primeiro trimestre.

A resseguradora francesa Scor, presente no Brasil como resseguradora admitida para atuar em ramos elementares e também vida, registrou queda de 30% no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, para € 93 milhões. No mesmo período do ano anterior, o ganho do grupo foi de € 133 milhões. A rentabilidade sobre o patrimônio caiu de 15,7% para 11,1%, segundo informa o grupo em seu balanço trimestral.

Os prêmios, por sua vez, cresceram 15,4%, para 1,5 bilhão. Os prêmios de vida totalizaram € 693 milhões, evolução de 12,2%. O índice combinado de ramos elementares subiu um ponto percentual, para 99,4%. Um dos pontos destacados no balanço do grupo foi o crescimento das operações internacionais de ramos elementares e o sucesso das renovações dos contratos no mês de janeiro e abril, quando acontecem as principais negociações da indústria de seguros.

Segundo comentou na nota Denis Kessler, presidente e CEO da Scor, o sucesso das renovações no mês de abril, com incremento de preços de 4,1%, pouco acima dos 3,1% registrados em janeiro, demonstram a seriedade da subscrição e a estratégia do grupo em continuar apresentando resultados e capacidade financeira sólidos em um cenário de crise.

O grupo Everest Re, presente no Brasil como ressegurador admitido, conseguiu elevar em 40% o lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, para US$ 108,6 milhões, segundo balanço mundial divulgado pelo grupo. Os prêmios evoluíram em um ritmo menor, passando de US$ 877,5 milhões para US$ 997,8 milhões, alta de 14%. Os prêmios de resseguros puxaram o crescimento, com índice de 19%, enquanto os prêmios de seguros registraram baixa de 3%.

De acordo com a nota divulgada pelo grupo, as operações internacionais puxaram o crescimento das vendas. O índice combinado ficou praticamente estável comparado ao mesmo período do ano anterior, em 89%. Segundo informou na nota Joseph Taranto, presidente da Everest Re, o relacionamento de longo prazo com clientes foi um dos fatores que ajudou o grupo a registrar um resultado sólido mesmo em cenário de crise mundial.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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