O impacto da crise financeira global pode ser visto no balance do primeiro trimestre das três maiores corretoras de seguros do mundo. O lucro, no entanto, tem sido preservado depois do foco em corte de custos registrado desde 2004, quando as investigações e posteriores punições do então ex-procurador de Nova York, Eliot Sptizer, revelaram perdas aos segurados, forçando uma ampla mudança na gestão das corretoras. No cargo de governador de Nova York em 2006, Sptizer renunciou ao cargo em março do ano passado após escândalo sexual.
Boa parte do ganho das corretoras vem de comissões e fees cobrados sobre o valor do programa de seguro. Com a queda no volume contratado pelas empresas para proteger o patrimônio em razão da desaceleração das economias, as principais corretoras estão divulgadno queda nas receitas.
A Aon divulgou queda de 3% no faturamento do trimestre, para US$ 1,9 bilhão. O lucro líquido cresceu 28%, para US$ 280 milhões. Parte do recuo do faturamento foi causada pelas oscilações nas moedas. Segundo nota do grupo, houve crescimento orgânico de 1% no segmento de seguros, a Aon Risk Service, responsável por US$ 1,5 bilhão do faturamento. A aquisição da corretora de resseguros Benfield no ano passado ajudou a incrementar as receitas com resseguro em 54%, para US$ 395 milhões. A area de consultoria registrou queda de 10%,para US$ 309 milhões.
O grupo Marsh McLennan divulgou lucro líquido de US$ 176 milhões no primeiro trimestre deste ano, um resultado bem melhor comparado a perdas de US$ 210 milhões do mesmo período do ano anterior. A crise abateu em 13% o faturamento consolidado do grupo, para US$ 2,6 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão da divisão de riscos e seguros, com queda de 8%, e US$ 1,1 bilhão da divisão de consultoria, recuo de 16%.
O lucro da Willis cresceu de US$ 166 milhões para US$ 192 milhões no primeiro trimestre deste ano, considerando a compra da Hilb Rogal & Hobbs Company (HRH), Com a aquisição, o faturamento cresceu 17%, para US$ 930 milhões. Considerando-se o efeito da variação das moedas, o faturamento registra queda de 12%. Os negócios internacionais registraram incremento, enquanto na América do Norte amargaram declínio.