Pirataria torna seguro sequestro mais caro

images16O custo de seguro sequestro está hoje dez vezes mais caro do que em outubro de 2008 para navios em razão do grande número de ataques de piratas, principalmente no golfo Anden, onde as embarcações no oceano Índico precisam atravessar para chegar ao Canal Suez.

Segundo estudo divulgado pela filial do grupo Aon em Londres, a demanda de proprietários de navios por seguro de seqüestro aumentou muito no ano passado. O risco das seguradoras cresceu com mais segurados em carteira. Com o agravamento da crise mundial, a criminalidade evoluiu e tornou os ataques piratas uma rotina, levando a sinistralidade da carteira para níveis insuportáveis. Em 2008, 49 navios foram atacados e 889 tripulantes mantidos como reféns, segundo estatísticas da International Maritime Bureau’s Piracy.

Para equilibrar receitas e custos, as seguradoras aumentaram o preço do seguro e passaram a exigir mais segurança em determinados locais. O custo por viagem está acima de US$ 30 mil em prêmios para uma cobertura de US$ 3 milhões, revela o estudo divulgado pela Aon Risk Service. Em janeiro e fevereiro, a segurança em locais já conhecidos inibiram os ataques. Mas mesmo assim, foram registrados 14. Em março, 25. Em abril, pelo menos seis.

Com os navios de guerras na região, os piratas foram mais ao sul, onde o cargueiro Maersk, com bandeira americana, foi atacado na semana passada por piratas da Somália. O assunto ganhou as manchetes dos noticiários mundiais. O presidente Barack Obama autorizou a Marinha dos Estados Unidos a usar a força para libertar Richard Phillips, capitão do navio cargueiro americano Alabama Maersk, caso estivesse em perigo. Três piratas foram mortos e Phillips passa bem mesmo depois de ter tentado fugir a nado, sido recapturado e mantido por cinco dias em um bote salva-vidas por cinco dias.

Notícia veiculada no site www.fenaseg.org.br

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

1 COMENTÁRIO

  1. Terra de ninguém, a Somália só entrará no mapa e no calendário dos países e organismos internacionais que poderiam alterar a situação que se apresenta, se um dia cogitarem da existência de petróleo ou minérios de alto valor em seu subsolo.
    Sem atrativo econômico em jogo, não existe interesse para uma possível intervenção política, um embargo econômico, ou uma ajudazinha humanitária que seja.

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