A Braskem acaba de renovar o milionário seguro das petroquímicas que compõem o grupo, que inclui também Ipiranga Petroquímica e Copesul.
A Braskem acaba de renovar o milionário seguro das petroquímicas que compõem o grupo, que inclui também Ipiranga Petroquímica e Copesul. A Unibanco AIG continua sendo a seguradora líder do contrato da Braskem, com participação da Bradesco e da SulAmérica. O IRB Brasil Re reteve a capacidade máxima do contrato automático de resseguros que mantém com parceiros estrangeiros, o que representou 16% do risco. O mercado internacional absorverá 84% do contrato, o que faz com que a definição do preço venha do exterior.
Em razão disso, uma equipe da Braskem e da corretora cativa do grupo, a OCS, fez uma série de apresentações para os resseguradores internacionais. Segundo Isabel Figueiredo, diretora de logística e suprimentos da Braskem, vários fatores garantiram um preço diferenciado.
Segundo ela, a Braskem tem investido nas recomendações dos resseguradores para melhorar a taxa do seguro do grupo. Em 2006, por exemplo, investiu R$ 10 milhões em sistemas de detecção de gases. “Neste ano, investimos US$ 2 milhões em válvulas que separam a linha de produção do estoque”, conta, sem revelar o valor do prêmio pago pelo programa de seguro. Outro ponto positivo foi ser integrante do ISE (Índice de Sustentabilidade Empre-sarial), da Bovespa, do qual participam apenas empresas com programas de responsabilidade social e ambiental.
A inclusão das petroquímicas Ipiranga também ajudou, uma vez que dá poder de barganha pelo aumento do volume a ser negociado. “A Copesul já era negociada em bloco pois o grupo Braskem era co-controlador”, informa Marcelo Neves, responsável pela área petroquímica na OCS. As instalações petroquímicas seguradas têm valores em risco de US$ 8,9 bilhões em danos materiais e de US$ 2,6 bilhões para interrupção de negócios, totalizando US$ 11,5 bilhões.
O contrato de seguro da Braskem prevê um (LMI) Limite Máximo Indenizável de US$ 1,9 bilhão, que é a perda máxima que o grupo pode sofrer com acidentes. Caso ocorra um acidente que consuma indenizações de US$ 1 bilhão, por exemplo, no dia seguinte a capacidade do contrato de seguro volta a ser de US$ 1,9 bilhão novamente, em razão da cláusula de integração automática, explica Neves.
*Matéria da autora publicada na Gazeta Mercantil em 19/12/2007, Finanças, B-3