A parceira mais ativa da Mata Atlântica na área de seguros, previdência e capitalização é a Bradesco Capitalização. De 2004 até abril deste ano, a empresa viabilizou recursos para o plantio de 18 milhões de mudas de árvores nativas na Mata Atlântica. Isso significa a recuperação de 10.011 hectares em mais de 600 projetos, informou Norton Glabes Labes, diretor da Bradesco Capitalização.
Os recursos destinados ao plantio das árvores vêm da venda do título de capitalização Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica. Quando o título foi lançado, há três anos e meio, a expectativa era vender uma série de 100 mil. Já vendemos 2 milhões”, comemora Labes. São títulos com pagamentos mensais de R$ 25, num contrato que dura 48 meses. A cada título vendido, R$ 15 vão para a Fundação Mata Atlântica, para o plantio de dez árvores.
Segundo ele, o programa, que já rendeu vários prêmios à empresa; atendeu mais de 350 municípios em nove estados; introduziu cobertura florestal numa área equivalente a 12.129 campos de futebol ou à extensão de um rio de 1.666 quilômetros, numa faixa lateral de 30 metros, em ambos os lados; e em conseqüência, neutralizou cerca de 20 milhões de toneladas de carbono. “É um projeto que tomou grandes proporções dentro do grupo e isso me deixa muito feliz. Fomos os pioneiros, mas felizmente a concorrência começa a fazer o mesmo, trazendo benefícios ao planeta”, disse o executivo.
Caixa ganha Carbon Free
A Caixa Seguros foi a primeira seguradora do mercado brasileiro a neutralizar, por meio do plantio de árvores, 100% das emissões de gases do efeito estufa da matriz. “Podemos fazer algo, como fizemos agora. Outras empresas do setor também podem fazer. Ajudar o meio ambiente e dar o exemplo será o nosso maior retorno”, disse Thierry Claudon, presidente da Caixa.
O grupo investiu R$ 17 mil para fazer o levantamento de emissão de gás carbônico. A neutralização foi realizada em parceria com a ONG Iniciativa Verde que calculou quanto gás carbônico as quatro empresas do grupo emitem anualmente. Serão plantadas anualmente 1.748 árvores na Mata Atlântica. Por neutralizar suas atividades, a seguradora recebeu o selo “Carbon Free” (livre de gás carbônico) que atesta: ela não contribui com o aquecimento global e ajudou a recuperar e a conservar a Mata Atlântica.
“Todos podem fazer algo para contribuir com o meio ambiente. Por isso vamos investir na comunicação com nossos funcionários e clientes para trazer a eles a consciência que o estudo da ONG trouxe para nós”, disse ele, que pretende tomar iniciativas para que o grupo reduza ainda mais a sua emissão de carbono.
As árvores plantadas pela Caixa serão distribuídas em uma área degradada do município de São Carlos (SP), dentro do bioma Mata Atlântica. A área pode ser visitada por qualquer pessoa interessada em conferir o plantio.
O contrato assinado pela seguradora com a ONG prevê a manutenção das mudas por um período de dois anos.
O reflorestamento de áreas degradadas, como a Mata Atlântica, proporciona benefícios globais – por meio da absorção do gás carbônico da atmosfera – e locais, com a formação de corredores de biodiversidade e a preservação dos recursos hídricos.
HSBC: energia renovável
Parte das tarifas dos produtos financeiros do HSBC com o slogan Solidariedade, onde há um título de capitalização, é direcionada a projetos socioambientais. O grupo HSBC investiu U$ 50 milhões entre 2002 e 2006 em organizações ambientais de referência mundial por meio do seu programa Investing in Nature e em 2007 está reformulando este programa. De acordo com informações fornecidas pela empresa, em 2006 o foco de seleção de projetos ambientais do Instituto foi o desenvolvimento de projetos de Energias Renováveis com investimento de R$ 350 mil. Foram selecionados sete projetos envolvendo soluções de baixo custo para a comunidade. Em 2007, o HSBC realizará a seleção para projetos que tenham como foco “Desenvolvimento de Tecnologias de energia limpa e renovável, de baixo custo, para aplicação em comunidades de baixa-renda”.
*Matéria da autora publicada no jornal Gazeta Mercantil em 07/06/2007