Na área de corretagem, nova onda de fusões

O crescimento da competição no setor de seguros, a padronização de produtos e a redução de custos por parte das seguradoras, aliados a abertura do mercado de resseguros, têm mudado o dia a dia dos corretores de seguros, que apenas começam uma fase de consolidação, prevê o consultor Dario Guarita, sócio da Guarita e Associados. Com uma extensa lista de aquisições e fusões da qual participou como sua experiência, o consultor acredita que terá muito trabalho daqui para frente.

“As maiores corretoras do mundo, como Marsh, Aon e Willis, tiveram sua história de crescimento marcada pelas fusões com corretores pequenos e médios, regionias e especializados. E é verdade. Aqui no Brasil a Aon já comprou pelo menos uma dezena de corretores especializadas em nicho ou regionais, bem como a Willis que comprou a Athos. A última negociação anunciada no final de 2006 foi a compra pela Lazam MDS da Providence. Temos também a ADD Markler e a Harmonia que se associaram, bem como a Reali Vidanova e a Euroamerica.

Os corretores médios precisam fazer frente a concorrência dos grandes, principalmente agora que necessitam negociar o resseguro de seus clientes. E para isso é preciso reduzir custos, num momento em que a comissão já foi achatada pelas seguradoras em razão do aperto no bolso do consumidor. “O que não é diferente da realidade dos bancos, com inúmeras negociações na busca pelo ganho de escala. Os grandes precisam aumentar o faturamento e diluir os custos para potencializar os resultados”, disse.

Em 2006, o faturamento com seguros, previdência e capitalização foi de R$ 73 bilhões. O Brasil conta com 62 mil corretores de seguros, sendo 40 mil individuais e 22 mil com empresas abertas. O corretor participa ativamente apenas das vendas de seguros, ficando previdência e capitalização com a comercialização focada nas agências bancárias. Considerando-se as vendas de seguros de R$ 56 bilhões e um índice de comissionamento de 12%, as corretoras obtiveram faturamento de R$ 6,5 bilhões. Na década de 90 a comissão chegava a 35% “Hoje é preciso agregar muito serviço para justificar ao consumidor o carregamento no valor do produto”, considera o consultor.

*Matéria da autora publicada na Gazeta Mercantil

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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