Catástrofes causam perdas de US$ 15,9 bi em 2006

As perdas com catástrofes totalizaram US$ 15,9 bilhões em 2006, uma das menores cifras registradas nos últimos 20 anos, de acordo com o estudo “Natural catastrophes and man-made disasters in 2006” divulgado pela Sigma, divisão de estudos da Swiss Re, maior resseguradora do mundo. O custo das catástrofes naturais no ano passado somou US$ 11,8 bilhões e as catástrofes causadas pelo homem custaram US$ 4 bilhões. O recorde de perdas foi 2005, com os furacões nos Estados Unidos. O Katrina gerou perdas seguradas de US$ 66 bilhões; o Ivan de US$ 13,7 bilhões; o Frances, de US$ 5,5 bilhões; e o Charley, de US$ 8,6 bilhões.

A baixa penetração de seguros nos países em desenvolvimento foi a razão da menor participação das seguradoras nos prejuízos econômicos de US$ 48 bilhões causados por catástrofes em 2006, sendo a pior perda o tufão que varreu China, Filipinas e outras cidades, com perdas de US$ 4,5 bilhões. No total, foram 349 eventos, sendo 136 causados pela natureza e 213 pelo homem. Cerca de 22 mil pessoas morreram por tsunami, terremotos, tufões e enchentes; 8 mil com explosões; 946 nos desastres aéreos entre outros.

Indonésia e Filipinas registraram as piores perdas econômicas, mas foram os Estados Unidos que ficaram com 60,8% do volume de indenizações. A Europa ficou com 16,2% e a Ásia com 11,4%. A América do Sul foi responsável por 3,7% das indenizações. Acidentes no mar e no céu absorveram 5,3% dos recursos desembolsados pelas seguradoras com catástrofes.

Apesar do índice menor de perdas, não deverá haver impactos no preço do seguro. Isso porque o mercado de seguros e resseguros está muito preocupado com o aumento dos valores das propriedades e com as perdas que o aquecimento global pode causar.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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