Seguradoras se mobilizam para atender clientes em Xanxerê

images-7Várias seguradoras, corretores e empresas de assistência como a Mondial estão mobilizados para atender segurados atingidos pelo tornado que causou destruição no município de Xanxerê, nessa segunda-feira (20). Mais de mil pessoas estão desabrigadas e um balanço preliminar informa que 2,6 mil imóveis foram afetados. A Defesa Civil divulgou também que mais de 300 pessoas receberam atendimentos médicos e 120 foram hospitalizadas.

A Bradesco Seguros informou que uma equipe de técnicos chegou a Xanxerê no dia 22. Eles vão coordenar o trabalho de coleta de informação que permita ao grupo segurador agilizar o pagamento a seus segurados que tiveram, em suas residências, automóveis ou estabelecimentos comerciais, algum tipo de perda provocada pelo tornado que atingiu as cidades de Xanxerê, Ponte Serrada e Chapecó na última segunda-feira, dia 20. Os segurados podem acessar também a Central de Relacionamento Bradesco Seguros, pelos números 0800 707 2757 e 4004 2757.

A Liberty tem cerca de 1,3 mil clientes na região (entre os clientes de auto, residência e empresas). Desde segunda-feira a equipe de sinistros da seguradora está acompanhando o caso em Xanxerê. Com as dificuldades de comunicação – sem telefonia, energia e internet, a empresa ainda não tem informações oficinais sobre os clientes. Segundo informou a assessorial de imprensa, a seguradora está usando a ferramenta de geo marketing para identificar a localização das suas apólices, e assim iniciar um contato proativo com os clientes para verificar se eles tiveram problemas. A Liberty terá uma operação especial na região para agilizar o pagamento e a liberação das indenizações.

A SulAmérica montou uma operação especial para atendimento aos segurados de Xanxerê (SC), a 551 km de Florianópolis. O plano de contingência da seguradora está agilizando os processos de indenização das apólices de seguro residencial, que já começaram a ser pagas poucos dias após o tornado ter atingido a cidade.
O plano de contingência para atuação junto aos segurados contou com o suporte dos corretores da região, que em muitos casos contataram proativamente os clientes para a realização do aviso de sinistro. “Nossos parceiros foram fundamentais para que conseguíssemos tratar das indenizações em pouquíssimos dias”, afirma o diretor da regional Sul da SulAmérica, Gilson Bochernitsan. “A todo momento temos reportes sobre os impactos diretos e indiretos deste desastre natural na cidade.”
Uma semana após o tornado, cerca de 140 acionamentos haviam sido registrados pela seguradora, que deslocou um efetivo adicional de peritos para a cidade a fim de iniciar prontamente as regulações. Nessa força-tarefa, foi considerado inclusive que alguns clientes poderiam não estar aptos a contatar a companhia, dadas as condições locais. A equipe envolvida também ativou um protocolo especial para o recebimento de documentação.

Sempre se falou que o Brasil era um país livre de catástrofes. Comparado com outros países, sim. Mas tais fenômenos começam a preocupar as seguradoras. Segundo Neival de Freitas, diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o mercado segurador acompanha a incidência desses fenômenos naturais de perto. O maior volume de indenizações pagas no seguro residencial decorre de vendavais no Sul do País e danos elétricos em todo o Brasil.

Esse tipo de evento como o de Xanrerê pode ter repercussão em vários segmentos do setor, como seguro residencial, condomínio e empresarial. Freitas ressalta que esses produtos oferecem cobertura básica para danos causados por incêndio, queda de raio e explosão. “O segurado pode contratar coberturas adicionais, como vendaval, alagamento entre outras”, explica. Ou seja, só tem direito a indenização de seguro em Xanxerê aqueles que contrataram a cobertura especifica de vendaval, que foi o evento que gerou as perdas na pequena cidade catarinense. Já o seguro de automóvel, acrescenta, a cobertura básica de colisão, roubo, furto e incêndio também inclui danos por alagamento e queda de objetos. “Se o carro capotar por força do vento o prejuízo tem cobertura do seguro”, afirmou Freitas ao Blog Sonho Seguro.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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