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Segundo o Indicador de Educação Financeira (IndEF) 2014, elaborado pela Serasa Experian e IBOPE Inteligência, 62% dos jovens de 16 a 24 anos não fazem nenhum tipo de contribuição para a aposentadoria. Apenas 31% deste público dizem contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e 1% com a previdência privada.
“Em geral, a preocupação com o futuro não é uma característica marcante dos jovens. Além disso, uma parcela deles pode estar fora do mercado de trabalho formal e a falta de interesse em contribuir de maneira individual também colabora para o alto índice. Esse comportamento ainda é reforçado pela tendência ao consumo imediatista, que concorre diretamente com o planejamento financeiro e com a falta de comprometimento para a construção de um futuro tranquilo”, diz o superintendente de Serviços ao Consumidor da Serasa Experian, Júlio Leandro.
Para a criação do IndEF foram entrevistadas – no primeiro trimestre de 2014 – 2.002 pessoas maiores de 16 anos de idade, em 140 cidades de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal, incluindo capitais, periferia e interior.
A aposentadoria também não está entre as prioridades das pessoas mais velhas. Isto é, 49% da população de 25 a 34 anos e 46% dos brasileiros de 35 a 44 anos também afirmaram não fazer qualquer investimento para uma vida financeira segura no futuro. Veja abaixo o resultado das outras faixas etárias:
Faixa etária Não planejam aposentadoria
16 a 24 anos 62%
25 a 34 anos 49%
35 a 44 anos 46%
45 a 54 anos 47%
55 e mais 42%
Fonte: IndEF 2014
IndEF 2014
O Indicador de Educação Financeira 2014 (IndEF), apresentado pela Serasa Experian e IBOPE Inteligência, permite conhecer e acompanhar o nível de educação financeira do brasileiro. Com o índice, o Brasil passa a ser o único país do mundo a ter esse tipo de metodologia.
Pelo segundo ano consecutivo, o índice, que trabalha em uma escala de 0 a 10, deu média 6 aos brasileiros. Quanto maior o índice, maior o nível de educação financeira. Este ano, no entanto, os jovens tiveram o pior desempenho. O grupo de 16 a 17 anos apresentou queda em relação à nota do ano passado: de 5,9 para 5,5. Os brasileiros que têm entre 18 e 24 também caíram na comparação com 2013, de 5,9 para 5,8.